Brasil vai vender para Colômbia ovos utilizados na fabricação de vacinas
Expectativa do setor produtivo é embarcar um milhão de unidades por ano para aquele país.
O Brasil abriu mais um mercado para as exportações de ovos livres de
patógenos específicos (SPF na sigla em inglês), usados na fabricação de
vacinas para humanos e animais e em pesquisas e diagnósticos. A Colômbia
comunicou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
que vai começar a importar o produto brasileiro. A expectativa do setor
produtivo é embarcar um milhão de ovos por ano para aquele país. Neste
ano, Israel e Bolívia também assinaram acordo com o Mapa para comprar
ovos SPF brasileiros.
De acordo com o chefe de Trânsito
Nacional do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Rodrigo Padovani, a
decisão foi informada à Embaixada do Brasil em Bogotá pelo Instituto
Colombiano Agropecuário (ICA). As exigências sanitárias já foram
publicadas no Sistema de Importações e Exportações de Produtos Agrícolas
daquele país, possibilitando assim o início imediato das exportações
brasileiras.
Os ovos SPF são produzidos por poucos países do
mundo. A produção exige alto nível de tecnologia e de controle sanitário
dos estabelecimentos avícolas autorizados a fornecê-los ao mercado
global. Monitorados pelo Mapa, esses produtos têm altíssimo padrão de
biosseguridade e estão, por exemplo, na composição de vacinas contra a
febre amarela, influenza, raiva e sarampo.
Hoje, o Brasil produz
cerca de 5 milhões de ovos SPF por ano. Esse volume representa
aproximadamente 8% da produção mundial. Cada unidade é negociada por
cerca de R$ 5,50. Segundo o Departamento de Saúde Animal, o país tem
estrutura ociosa e capacidade de investimento para ampliação das
unidades produtores, caso haja aumento da demanda interna e externa.
A
estratégia do Mapa de expandir os mercados para exportações de ovos SPF
faz parte da política do governo federal de elevar de 7% para 10% a
participação do Brasil no comércio agrícola mundial nos próximos cinco
anos. Para alcançar essa meta, o ministério lançou, em agosto deste ano,
o Agro+, plano destinado a simplificar e desburocratizar normas e
procedimentos do Mapa para facilitar as operações comerciais dos
exportadores.
FONTE: MAPA