Brasil é autorizado a exportar material genético avícola para a Malásia
Embarques podem começar logo, segundo comunicado do governo malaio.
O Brasil abriu mais um mercado para exportar ovos férteis e pintos de
um dia. O governo da Malásia comunicou ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) que aceitou proposta brasileira de
modelo de Certificado Zoosanitário Internacional (CZI). Com isso, o país
já pode começar a vender esses produtos aos importadores malaios. A
conclusão da negociação é resultado da missão à Ásia coordenada pelo
ministro Blairo Maggi, que percorreu sete nações daquele continente,
entre o fim de agosto e setembro deste ano, para ampliar as parcerias
comerciais do agronegócio brasileiro.
Hoje, o Brasil vende
material genético avícola para cerca de 50 países das Américas, do
Oriente Médio, da África, Europa e Ásia. Em 2015, os embarques desses
produtores renderam ao país algo em torno de US$ 123 milhões, segundo o
Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa. Neste ano, o Ministério da
Agricultura fez acordos de certificados zoossanitários para exportação
de genética avícola com Cuba, Índia, Turquia, Etiópia, México e Estados
Unidos. Essas ações fazem parte do esforço para elevar de 6,9% para 10% a
participação do Brasil no mercado agrícola mundial em cinco anos.
A
decisão de estabelecer o acordo com o mercado brasileiro foi comunicada
pelo Departamento de Serviços Veterinários (DVS) do Ministério da
Agricultura e da Agroindústria da Malásia à Embaixada do Brasil em Kuala
Lumpur. No comunicado, o governo malaio informa ainda que as
exportações podem iniciar imediatamente, sem a necessidade de auditoria
prévia pelas autoridades daquele país para avaliação dos controles
operacionais e sanitários adotados nos estabelecimentos produtores de
genética avícola registrados pelo Mapa.
Na avaliação do
Departamento de Saúde Animal do Mapa, o acesso ao mercado da Malásia se
deve ao reconhecimento internacional do grau de excelência sanitária dos
plantéis avícolas brasileiros. Reflete também, acrescenta o DSA, os
investimentos em pesquisa feitos pelo Brasil ao longo da última década,
que permitiram desenvolver linhagens de alto valor genético. Esses
produtos são atrativos a países que necessitam melhorar a produtividade
dos seus plantéis.
FONTE: MAPA